A Câmara de Santa Maria da Feira deverá receber, em breve, a anuência da Infraestruturas de Portugal (IP) para avançar com a contratação da equipa de projetistas que irá elaborar o Projeto de Requalificação Urbana da Zona da Cruz (Túnel da Cruz).
Corpo do artigo
A garantia surge depois do presidente da Autarquia, Amadeu Albergaria, ter reunido com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
O autarca esteve reunido, na quarta-feira, com Miguel Pinto Luz, que terá dado garantias que levarão à contratação dos técnicos. “O senhor ministro vai dar indicações à IP para que seja possível contratarmos a equipa de projetistas que vão fazer os projetos de requalificação [do túnel da Cruz]”, explicou, ao JN, o autarca. Amadeu Albergaria adiantou, ainda, que o responsável pela pasta das Infraestruturas “ficou de analisar o protocolo para o financiamento da obra que pode custar entre os 20 e os 26 milhões de euros”. “O valor final deverá ser definido quando o projeto estiver concluído”, precisou.
Apesar de a obra contar com o financiamento por parte do Governo, a Câmara “está na disposição de comparticipar”, tendo em conta a importância desta empreitada "para os feirenses e para o desenvolvimento de todo o concelho”.
Amadeu Albergaria tinha estado, um dia antes, reunido com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tendo também como assunto principal este projeto.
De acordo com a autarquia feirense, o projeto de Requalificação Urbana da Zona da Cruz “pretende solucionar o congestionamento de tráfego rodoviário, as questões de acesso à cidade e a vivência da própria cidade”. A intervenção prevê os seguintes projetos: criação do Túnel na EN 223 (do Km 22,69 ao Km 22,10); criação da “grande praça” na cidade (sobre o túnel); duplicação do nó da A1, criação de acessos ao Hospital de S. Sebastião, o nó de Picalhos, e uma “nova” entrada norte, na Avenida da Europa.
A EN 223 é um dos eixos viários de maior importância naquela zona, unindo os centros urbanos de Ovar, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Oliveira de Azeméis. “É uma via estruturante de grande movimento, de tráfego inter-concelhio, que condiciona a relação funcional da zona sul com a zona norte da cidade da Feira. A EN 223 constitui um obstáculo físico à ligação do espaço urbano, restringindo todas as suas dinâmicas”, sublinha o Município.