A Associação de Feirantes do Distrito do Porto, Douro e Minho veio a público condenar os preços do terrado praticados na feira quinzenal de Ponte de Lima, considerando tratar-se de valores “insustentáveis”. A câmara diz que o certame “é um dos principais do país”.
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De acordo com a estrutura representativa dos feirantes, a taxa de ocupação do terrado da feira limiana (de 2,07 euros por metro quadrado, valor esse pago por vários dos comerciantes) é das mais altas do país, situação que, afiança a associação, “põe em causa os princípios de proporcionalidade e apresenta-se como insustentável, em função do momento de crise que o país atravessa”.
O presidente daquela estrutura, Joaquim Santos, vaticina mesmo que, “se nada for feito para alterar esta situação, o futuro destes feirantes estará, assim, comprometido”, acenando, mesmo, com um recurso aos tribunais caso os valores cobrados pelo terrado não sejam revistos. “Não vamos desistir”, garantiu.
Sobre a questão, o autarca limiano, Victor Mendes, rejeitou que a feira pratique das mais altas taxas entre os certames da região. Aludindo ao de Ponte de Lima como “dos maiores do país”, assinalou: “Em termos de potencial de vendas, é muito superior ao de outras feiras e a prova é que temos centenas de pedidos de interessados em vir para Ponte de Lima”, asseverando que o Executivo a que preside “nunca se refutou ao diálogo com os feirantes”.
Alertada por feirantes e dirigentes associativos para o que considerou serem “exigências em termos de preço, feitas por muitas autarquias”, a Federação Nacional das Associações de Feirantes solicitou já uma reunião ao secretário de Estado da Administração Local para analisar a situação.