Ocupação do recinto da Ficavouga obrigam a Câmara de Sever do Vouga a equacionar futuro da feira que até dia 8 mostra comércio, artesanato e gastronomia local. Edição de 2010 surge com entradas pagas para ver concertos como o de Pedro Abrunhosa.<br />
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O futuro é incerto para a Ficavouga - Feira Industrial, Comercial, Agrícola, Artesanato e Gastronomia de Sever do Vouga, um certame que foi ontem inaugurado e fica patente até dia 8 de Agosto, no pavilhão desportivo e recinto adjacente à Escola Secundária da vila. As obras de ampliação da Escola Secundária, a iniciar nos próximos meses, ocuparão aquele espaço e, por enquanto, a Câmara Municipal de Sever do Vouga (CMSV) não tem alternativas em vista.
"Quero pedir a colaboração de todos para decidir o que faremos: acabar com a Ficavouga e talvez criar outro certame, encontrar nova localização, alterar o modelo. Tudo está em aberto, a feira será o que as forças vivas do concelho quiserem”, apelou, durante a inauguração, o presidente da Câmara, Manuel Soares.
A crise afectou, também, a edição que agora começa. Este ano as entradas não serão gratuitas. Os bilhetes custarão dois euros, havendo um bilhete semanal e outro para famílias, ambos com desconto de 15%. As lembranças às entidades oficiais foram, também, alvo da contenção da CMSV. “Este ano não vamos entregar lembranças ou prendas a ninguém. Desculpem mas estamos em crise e temos de cortar”, desculpou-se Manuel Soares.
A Ficavouga é uma mostra das potencialidades do município, com dezenas de expositores da área empresarial, turística e associações locais. Permite, ainda, degustar o melhor da gastronomia local, como vitela assada ou doces e licores de mirtilos e desfrutar de actividades desportivas, culturais e musicais. Do cartaz de espectáculos, destaque para o concerto de Pedro Abrunhosa (bilhete sobe para 5 euros), no dia 4, pelas 22 horas, e Anaquim, dia 8, à mesma hora.
Durante a inauguração, o edil apelou à construção da via de ligação entre a Zona Industrial de Padrões e a Auto-Estrada 25 (A25), considerando-a “urgente” para a laboração de algumas empresas e desenvolvimento da região. “O estudo prévio e declaração ambiental já estão, espero que a crise não afecte a realização da via”, pediu Manuel Soares.