"Estava com muitas saudades de vir à missa", diz Maria Fernanda Araújo, 77 anos, logo depois de sair da Igreja de S. Victor, em Braga, esta segunda-feira.
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Ao fim de quase dois meses fechado, aquele templo situado no centro de Braga recebeu cerca de 40 fiéis numa missa celebrada pelo pároco Nicolau Cuebo, também ele "feliz" por voltar a estar próximo das pessoas.
"Fizemo-nos padres por causa da comunidade. Todos estávamos ansiosos pelo regresso", afirma ao JN, partilhando as palavras dos fiéis, a maioria idosos, que ocuparam os bancos centrais da igreja durante a celebração, de cerca de meia hora. "Acompanhávamos as missas da Sé pelo Facebook. Mas é diferente vir à igreja. É uma felicidade", refere Maria Rosa Rodrigues, acompanhada da irmã Armanda.
Ambas elogiam as regras de segurança no interior da igreja. Logo à entrada, Deolinda Batista, voluntária da paróquia, garante que todos os participantes higienizam as mãos e têm máscara. Os lugares dos bancos estão marcados, assegurando o distanciamento social, e o momento da comunhão é feito banco a banco, para evitar filas para tomar a hóstia.
Ainda assim, Deolinda Batista notou menos gente do que o esperado. "Alguns idosos podem ter receio de sair de casa e outros podem, ainda, nem saber que as missas voltaram", considera.
As irmãs Maria e Armanda lamentam as perdas de fiéis para a covid. "Já morreu muita gente que vinha à missa", dizem, frisando que participam no ritual "para rezar por quem partiu" e para "agradecer o dia-a-dia".