<p>Quatro concessionários de praia foram, ontem, encerrados, em Lagos, por ter apenas um dos dois nadadores-salvadores exigidos por lei. Foi a primeira acção de fiscalização do género este ano da Polícia Marítima.</p>
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Foram três as zonas balneares do concelho afectadas por esta acção dos agentes da PM, que decorreu durante a manhã. Os quatro concessionários encerrados são os dois existentes na praia de Porto de Mós, o único que dava apoio à praia de D.Ana e um dos dois da praia da Luz. No entanto, nem todos acataram a ordem. Ontem à tarde, em Porto de Mós e na D.Ana os concessionários teimavam em continuar a trabalhar, apesar de a PM afirmar que não o podiam fazer, arriscando coimas.
A operação apanhou de surpresa os banhistas, que em poucos minutos viram as praias em que se encontravam deixar de ser vigiadas. "Antes com um do que nenhum", era a frase mais ouvida entre os turistas. Ana Delgado, de Lisboa, assistiu a tudo e sentiu-se "indignada". "As autoridades deviam perceber que há falta de nadadores-salvadores porque não lhes são oferecidas boas condições de trabalho. Ou criam condições ou fecham os olhos", reclamou. "Com um nadador-salvador, sentia-me seguro, o que agora já não acontece", lamentou António Costa, frequentador habitual da praia de Porto de Mós.
Segundo o comandante da Capitania do Porto de Lagos, Marques Pereira, "os concessionários são obrigados por lei a ter dois nadadores-salvadores em permanência a prestar assistência aos banhistas". Para regularizar a situação, os responsáveis pelos concessionários têm de fazer prova, junto da Capitania, que têm dois contratos de trabalho, um por cada nadador-salvador exigido. Só depois poderão voltar a ser autorizados a retomar a actividade.