Fogo de artifício em Marinhais antecipado meia hora para contornar proibição do Governo
A Comissão de Festas de Marinhais antecipou, no sábado, o fogo de artifício das 00.00 horas para as 23.30 horas, para fugir à proibição do Governo que impedia o uso de artefactos pirotécnicos a partir da meia-noite. O espectáculo de pirotecnica terá causado cinco focos de incêndios, que foram extintos pelos Bombeiros de Salvaterra de Magos.
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A ministra da Administração Interna anunciou, no sábado, que, face ao agravamento das previsões meteorológicas para os próximos dias, Portugal iria entrar em situação de alerta às 00.00 horas de domingo, prolongando-se até às 23.59 horas de quinta-feira, 7 de agosto. Entre as várias medidas, inclui-se a proibição de utilização de fogo de artifício ou outros artefactos pirotécnicos, mesmo nos casos que já tinham sido autorizados.
Através de um comunicado publicado nas redes sociais, a Comissão de Festas de Marinhais informou que o fogo de artifício seria antecipado meia hora para contornar a situação. "Devido ao alerta vermelho emitido pelo Governo a partir da meia-noite, a sessão de fogo de artifício será antecipada para as 23.30 de dia 2 de agosto", lia-se na nota. "Contamos com a vossa compreensão e pedimos que partilhem esta informação". De acordo com informação do Comando Sub-Regional da Lezíria do Tejo, citada pela SIC, o espectáculo de pirotecnia terá provocado cinco focos de incêndio, que foram extintos pelos Bombeiros de Salvaterra de Magos.
A publicação foi retirada do Facebook e do Instagram durante a tarde deste domingo, mas a caixa de comentários ficou envolta em polémica, com várias pessoas a criticarem a decisão da Comissão de Festas, num momento em que o país está com 90 incêndios ativos.
Já a Junta de Freguesia de Marinhais, que reagiu, este domingo, à polémica em volta do fogo de artifício, apoia a decisão da Comissão de Festas. "A posição [da Junta de Freguesia] é de total apoio à Comissão de Festas porque tudo foi feito dentro da legalidade, cumprindo tudo o que era necessário. Cumpriu-se mandar o fogo antes da hora prevista, precisamente para não incorrer em nenhuma ilegalidade", afirmou Honorina Pinto, vice-presidente da Junta de Freguesia.
De acordo com o site da Proteção Civil, mais de 1980 operacionais, apoiados por 616 meios terrestres e 22 meios aéreos, estavam hoje, pelas 14.30 horas, a combater 90 incêndios em Portugal continental, com destaque para o fogo de Vila Real.