Pelas 22 horas, mais de dois mil operacionais, apoiados por 660 meios terrestres, estavam, este sábado, a combater 89 incêndios em Portugal continental, com destaque para os fogos em Vila Real e Ponte da Barca.
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Segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), aqueles dois incêndios (considerados "ocorrências significativas") eram os mais preocupantes.
O incêndio que deflagrou à tarde em Vila Real progrediu para Sabrosa em duas frentes ativas que ardem com bastante intensidade, com as aldeias de Anta e Garganta a apresentarem maior preocupação, disse à Lusa, ao fim da tarde, o comandante sub-regional do Douro.
Já em Arouca, o fogo "está dominado", mas ainda mobiliza 216 operacionais e 81 viaturas.
Desde segunda-feira, muitos incêndios rurais têm afetado o território português, em especial as regiões Norte, Centro e Alentejo. As chamas obrigaram à evacuação de aldeias.
Entre bombeiros e civis, várias pessoas foram assistidas, sem registo de feridos graves. Não há também indicação de habitações destruídas, mas arderam áreas florestais, agrícolas e pecuárias, assim como anexos e similares.
Portugal continental vai entrar, a partir de domingo e até quinta-feira, em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou hoje a ministra da Administração Interna.
"Face ao agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural, o Governo decidiu declarar situação de alerta em todo o território continental", anunciou Maria Lúcia Amaral, numa declaração ao país, sem direito a perguntas.
A situação de alerta entra em vigor às 0.00 horas de domingo e prolonga-se até às 23.59 horas de quinta-feira, 7 de agosto.
Grande parte dos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco, no interior centro, está em perigo máximo de incêndio rural, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Esta previsão estende-se também ao sul do país, a seis concelhos do distrito de Faro: Portimão, Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira.
De acordo com o IPMA, a situação de perigo máximo de incêndio rural irá manter-se nos próximos dias nas mesmas regiões.