<p>As chamas e o fumo negro muito denso invadiram quase todo o pavilhão onde são fabricados enchidos e presuntos, inclusivamente a cave, provocando avultados danos materiais em equipamentos e produtos.</p>
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A fábrica emprega 22 pessoas e tem outros dez colaboradores na área de distribuição. Segundo o director da unidade, Hélder Santos, o objectivo é "regressar à laboração o mais rapidamente possível", mas para já não adianta prazos.
"Não queremos ser mais uns na lista dos desempregados. Os azares acontecem na vida, mas há que ter força", referiu, sem adiantar mais pormenores, devido a estar a ser feito "o levantamento dos prejuízos".
Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão e responsável pela protecção civil no concelho, contactou no local o proprietário da unidade e revelou que o industrial "vai fazer tudo para que dentro de 10 a 15 dias a fábrica possa voltar a laborar normalmente, preservando os postos de trabalho".
"Esta unidade tem contratos com grandes superfícies, dentro e fora do país, e o proprietário pretende cumpri-los apesar desta tragédia", disse o autarca.
Os enchidos e as gorduras dificultaram a acção dos bombeiros no combate às chamas, explicou o comandante dos Bombeiros Voluntários do Fundão, António Antunes, adiantando que vários homens tiveram que usar máscaras para entrarem no edifício.
Do exterior, o fumo e alguma chapa queimada das paredes do edifício são os únicos sinais visíveis do incêndio. No interior, o cenário é mais grave. "Ficou tudo negro", descreveu António Antunes.
No local estiveram 47 elementos com 17 viaturas das corporações de bombeiros da Covilhã, Fundão, Castelo Branco e Idanha-a-Nova.