<p>Alcobaça ficou esta terça-feira de madrugada totalmente às escuras, durante mais de meia hora, por causa de um incêndio na subestação da EDP. Os geradores colocados na cidade foram devolvendo a luz durante o dia.</p>
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"Os serviços prioritários não foram afectados". A garantia foi dada pelo governador Civil do Distrito de Leiria, que ao início da manhã esteve em Alcobaça e reuniu com os responsáveis camarários, Protecção Civil e EDP. Paiva de Carvalho assegurou que os primeiros dez geradores portáteis colocados na cidade pela EDP "conseguiram abastecer de energia as escolas, lares, bombeiros e polícia". "O hospital, porque tem gerador próprio, não teve problemas", disse o responsável.
O governador civil realçou "a raridade e gravidade" desta situação, mas mostrou-se satisfeito com a resposta "adequada" dada por todas as entidades. "Não foi necessário accionar o Plano Municipal de Emergência", sustentou.
O alerta para o incêndio foi dado por volta das 3.30 horas. A subestação da EDP, que abastece o perímetro da cidade, ficou totalmente destruída pelo incêndio que danificou o edifício onde se encontrava. Hilário Lopes, responsável pela área operacional de Caldas da Rainha da EDP, garantiu ao JN ser "impossível para já determinar a origem do fogo". "Vamos ter de analisar tudo e perceber o que realmente aconteceu", disse, adiantando ser ainda "prematuro" justificar a origem de incêndio com um curto circuito. Segundo o responsável, às 15 horas a cidade estava já a ser abastecida com o recurso a 32 geradores (cada um deles pesa mais de quatro toneladas), espalhados pelas artérias. A subestação móvel chegou a Alcobaça por volta das 16 horas, pelo que o responsável acreditava que ao início da noite a electricidade fosse ligada e os geradores desligados.
Hilário Lopes não sabe calcular para já prejuízos - avança com mais de 500 mil euros - e garante que a cidade terá de ter uma nova subestação.
Carlos Bonifácio, vice-presidente da Câmara, frisou que o "apagão" afectou a actividade normal da cidade. "Os bancos, café e outros estabelecimentos não puderam funcionar durante a manhã", assegurou, avançando que a situação "voltou à normalidade ao início da tarde com o bastecimento total da cidade.
Teresa Elias, proprietária de um espaço onde para além da venda de jornais e revistas, vende café, disse ter tido "alguns prejuízos" já que durante a manhã serviu menos cafés e vendeu menos jornais. "Nem o multibanco funcionava", assegurou.
Do mesmo se queixou Luísa Correia, dona de uma sapataria que não conseguiu fazer negócio durante a manhã.