Um homem morreu, na tarde desta quinta-feira, na sequência de um incêndio que deflagrou na sua casa, em Sobrado. O fogo foi combatido por dez elementos dos Voluntários de Valongo.
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Serafim era viúvo, tinha 56 anos e vivia sozinho no número 115 da Travessa do Campo de Fijós. O alerta foi dado perto das 18 horas e, na altura, apenas se suspeitava que o homem estivesse em casa. Só um pouco mais tarde e, seguindo uma estratégia defensiva, é que foi possível aos bombeiros localizar o corpo.
Segundo Pedro Cruz, bombeiro de 1.ª que coordenou os trabalhos no local, à chegada da equipa de socorro a casa estava "completamente tomada" pelas chamas. Acrescentou que a vítima estava "carbonizada e debaixo de escombros", no quarto.
Embora o fogo não tivesse oferecido perigo às casas mais próximas, os vizinhos das duas habitações ao lado foram aconselhados a sair, por precaução.
Alarmados pelo fogo, um cunhado e uma sobrinha de Serafim ainda tentaram salvá-lo, mas a intensidade do fumo e das chamas não lhes permitiu avançar. "Se entrássemos, íamos morrer também", disse ao JN Fernanda Ferreira.
Era habitual Fernanda ir a casa do tio para alimentar os animais, incluindo o cão, pois Serafim passava algumas temporadas no estrangeiro, a trabalhar, sobretudo na agricultura. À hora de almoço desta quinta-feira, Fernanda visitou o tio. "Estava tudo bem", disse-nos. Não voltou a vê-lo.
Joaquim Rocha foi com Fernanda tentar salvar Serafim, de quem era cunhado. Os dois tentaram entrar pela porta das traseiras, "mas o fumo e o fogo barraram a porta" e nada puderam fazer.
Serafim deixou uma filha, enfermeira que trabalha e vive em Gandra, Paredes. "Estava a ser sustentado pela filha, muito amiga dele, muito amiga dele", sublinhou Joaquim Rocha, ainda incrédulo com o que havia sucedido.