<p>"Boa organização do teatro de operações, coordenação dos meios envolvidos e boa comunicação" foram os três factores que permitiram que as operações de socorro às vítimas dos dois acidentes que anteontem aconteceram na A25 fossem "bem sucedidas". </p>
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Na análise que fez à actuação das forças de Protecção Civil, António Machado, comandante operacional distrital (CODIS), afiança que não ficou surpreendido com o cenário que encontrou, por ter tido "informações exactas atempadamente" e garante que as equipas "estão bem preparadas para este tipo de situações".
"Não houve falta de meios. Estiveram todos aqueles que achámos necessários para a situação", garantiu, ao JN. Apesar do elevado número de vítimas registado, aos 65 anos, e mais de 30 na Protecção Civil, António Machado aprendeu a separar os sentimentos e não se deixa horrorizar com facilidade. "É preciso frieza e seriedade para fazer um bom trabalho".
Dividir para organizar
"Nestes casos, a primeira coisa a fazer é organizar o teatro de operações, dividi-lo por sectores e atribuir funções a cada um dos envolvidos. Desmultiplicar o cenário em cenários mais pequenos permite que as situações sejam mais facilmente controladas", explicou, ao JN, elogiando a "boa comunicação e coordenação entre bombeiros, GNR e INEM".
Anteontem, bastaram 20 minutos após o alerta (dado às 16.05 horas) para as primeiras viaturas chegarem ao local. Trinta e cinco minutos depois, o "socorro estava quase todo montado", recorda António Machado. No local estiveram 35 ambulâncias de socorro, 13 viaturas de combate a incêndio e outros equipamentos e estruturas de apoio vindos de Aveiro e de Viseu, para além de mais de 250 elementos dos bombeiros, INEM e GNR.
Posto médico
O posto médico avançado do INEM instalado no local tornou-se uma peça fundamental, dado o elevado número de feridos. "Foi muito importante para fazer a triagem e definir o estado de gravidade dos feridos", que tiveram de ser evacuados de ambulância, uma vez que as condições atmosféricas não permitiram o uso de meios aéreos. Uma estrutura gigantesca que actuou em uníssono e cujos trabalhos se prolongaram até às duas da madrugada, altura em que terminou a remoção das viaturas envolvidas nos sinistros.