Os bombeiros evitaram, esta terça-feira, em Vila Verde, que a fuga de 2500 quilos de gás natural de um camião de transporte desse origem a uma explosão de grande potência.
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Que podia ter desconjuntado várias casas em redor. O incidente obrigou a evacuar um santuário. O motorista do pesado, de 40 anos, sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus nas costas, braços e pernas e foi para o Hospital de Braga. Onde continua, livre de perigo.
Eram 17 horas. Um veículo da empresa TJA-Transportes iniciava o processo de enchimento de um recipiente de gás no interior do santuário católico de Schoenstatt, em Soutelo. A válvula de saída avariou e o gás começou a verter. Atrapalhado, o motorista pediu a Lucena Hunhoff, uma das leigas consagradas que ali vivem, que chamasse os bombeiros e o 112.
Ali chegados, os Voluntários locais - logo seguidos dos de Amares, Taipas e Famalicão - evacuaram o motorista ferido e as cinco pessoas que estavam no santuário.
A GNR fechou a estrada que liga a Prado. Os bombeiros começaram, então, a lançar água fria em cima do combustível, que saia, líquido e gelado, da válvula: "Com este procedimento, o gás começou a congelar", contou ao JN Luís Morais, adjunto do Comando.
O método criou condições para que uma equipa de bombeiros conseguisse fechar a válvula, estancando a fuga. Ao todo, foram duas horas de perigo iminente.
No final, pelas 20 horas e apenas com 200 quilos de gás, o camião regressou ao Porto, "em segurança", mas com um dado técnico novo, já que aquilo "nunca tinha acontecido na firma".
Já Luís Morais - aliviado - atribuiu o êxito da operação à formação recebida em matéria de combate a acidentes com matérias perigosas: "Um dos especialistas da federação de bombeiros do distrito veio aqui e ajudou a concretizar o protocolo de combate a fugas deste combustível", explicou.