A Câmara de Gaia vai colocar em hasta pública, para venda, um terreno na freguesia de Santa Marinha/Afurada, com o preço-base de um euro, para acolher uma unidade de cuidados continuados e paliativos.
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"É uma forma do Município participar no esforço coletivo", justificou, esta segunda-feira, Eduardo Vítor Rodrigues.
O terreno será colocado no mercado, para atrair um privado ou uma instituição como a Misericórdia, e a Câmara de Gaia garante "isenção de taxas". Haverá "protocolo com o Ministério da Saúde" e o projeto que contemplar a valência do "internamento dedicado à saúde mental será majorado".
Quem adquirir o lote, na Rua Quinta da Bela Vista, terá depois de "entregar o projeto no prazo de meio ano".
Para Eduardo Vítor Rodrigues, a unidade de cuidados continuados faz todo o sentido em Gaia, para completar a rede de outros equipamentos, como o centro de reabilitação e as urgências, já existentes, e o heliporto, que será construído nas instalações do hospital, no Monte da Virgem.
Cinco milhões para parque dos moinhos
Para as margens do rio Uima, em Gaia, mas também na Feira, está prevista a reabilitação de alguns moinhos e a criação de um parque para "fruição", que implicará um investimento de cerca de cinco milhões de euros.
Em Gaia, o projeto de reabilitação está na primeira fase. "É a fase mais difícil. Estamos a fazer o alinhamento de expopriações. Em meados de 2023 estaremos a lançar obra no terreno", afirmou o presidente da Câmara.
Para esta primeira fase, Gaia contará com 1,5 milhões de euros e a Feira com 500 mil euros. "Será um projeto integrado", acrescentou. Relativamente ao investimento maior, de cinco milhões, adiantou que as fontes de financiamento passarão pelo recurso à Agência Portuguesa do Ambiente, aos fundos europeus e aos orçamentos municipais.
Esta segunda-feira, em reunião de Câmara, foi aprovado o ponto relativo às indemnizações a pagar ao concessionário dos parcómetros em Gaia, pelos períodos covid, de 2020 e 2021, em que não se pagou o estacionamento na via pública.
"O estacionamento gratuito foi uma forma de compensar quem continuou a deslocar-se para o local de trabalho, como foram os casos dos professores, agentes de segurança e comerciantes, entre outros", declarou Eduardo Vítor Rodrigues.
Fruto de uma "negociação" com a concessionária, esta empresa recebe da Autarquia 181 mil euros, repeitantes a 2020, e 95 mil euros, relativos a 2021.