Paróquia alega as restrições sanitárias para anular a programação lúdica e diz que "não cabe à Igreja organizar concertos e divertimentos".
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As Festas em Honra de Nossa Senhora da Saúde tiveram o ponto alto com a secular procissão, decorrida este domingo, em Gueifães.
Após dois anos de interregno, por causa da pandemia, a tradição religiosa, que remonta ao século XVI, ainda foi condicionada pelas restrições sanitárias, ao ponto de praticamente toda a programação lúdica ter sido desprogramada, designadamente as relacionadas com as diversões de rua, dos carrinhos de choque, dos carrosséis e de outras habituais diversões.
"Não houve tempo. Há três semanas, as restrições da pandemia ainda estavam em vigor. Além disso, é uma festa eminentemente religiosa. Houve centenas de pessoas na eucaristia e ainda havia espaço para outras tantas. Procuramos ir ao encontro das pessoas, mas a Igreja não tem obrigação de andar a organizar concertos ou diversões", disse ao JN o padre Orlando, pároco da freguesia do concelho da Maia.
Ainda assim, ainda neste domingo, o programa das festas não deixou de incluir as tradicionais atuações das filarmónicos, pela Banda Marcial de Gueifães e pela Banda Musical de Lousada.
No cumprimento de outra tradição, as celebrações religiosas foram participadas pelos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia. As sirenes da corporação soaram durante a procissão, em homenagem e agradecimento a Nossa Senhora da Saúde.