<p>A candidata independente à Câmara de Valongo, Maria José Azevedo, acusou Fernando Melo de "enganar as instituições do concelho". O autarca diz que ela "só está preocupada em bloquear o funcionamento" da Autarquia.</p>
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Na base desta troca de acusações, está o chumbo, na passada semana, de duas propostas de ratificação: uma para a requalificação da escola da Retorta, em Campo, e outra para a construção do complexo desportivo da Outrela. No entanto, as propostas foram apreciadas e aprovadas, ontem, em reunião extraordinária.
"Depois de termos votado contra as propostas, que eram um acto ilegal de um presidente a quem foram retiradas competências, Fernando Melo oficiou todos os agrupamentos escolares e associações de pais do concelho e à União Desportiva Valonguense, imputando-me a responsabilidade. A verdade é, todavia, outra. E é grave que o Presidente da Câmara esteja a usar o seu cargo e função para fazer uma campanha eleitoral mentirosa", referiu Maria José Azevedo, candidata e vereadora na Câmara de Valongo.
Fernando Melo respondeu, afirmando que Maria José Azevedo está a acusá-lo de inverdades por estar "preocupada com as consequências eleitorais que possam advir do chumbo da proposta de adjudicação das obras de requalificação da Escola da Retorta, em Campo".
"Os procedimentos, despachados por mim enquanto presidente da Câmara, tal como previsto na lei, só teriam eficácia com a ratificação em sede de reunião de Executivo. Procedimento que, aliás, não é novo e nunca foi objecto de oposição. Ora, tendo sido reprovado a ratificação dos procedimentos, obriga a que tudo volte ao início. A atitude da vereadora socialista revela que só está preocupada em impedir e em bloquear o funcionamento da Câmara Municipal", considerou Fernando Melo.
O presidente do Município referiu, ainda, que as obras na escola da Retorta, na freguesia de Campo, só poderão ser realizadas no próximo mandato. "Não há apenas um atraso de 15 dias, uma vez que o concurso terá de ser novamente aberto e escolhida a empresa a quem, posteriormente, deverá ser aprovada, em sede de reunião de Executivo, a adjudicação", acrescentou.
Mas o autarca não escapou, também, às críticas do antigo vice-presidente, João Queirós. Para o vereador, Fernando Melo "agiu ilegalmente" e "divulgou uma inverdade. O presidente lida mal com as normas jurídicas e estava muito enganado se pensava que contava com a minha anuência", concluiu.