Iniciativa, apresentada esta terça-feira no Porto, começa a chegar às pessoas no próximo domingo. São nove fascículos para colecionar.
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Uma "muito valiosa" e "resposta qualificada" é como o bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, e o historiador Joel Cleto classificam a coleção do JN, lançada já a partir do próximo domingo, "Guias do Caminho de Santiago". Os aspetos culturais, espirituais e culturais da iniciativa foram valorizados, ontem, num colóquio realizado no Paço Episcopal, seguido de passeio pela cidade do Porto.
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Ao longo de nove fascículos, os "Guias do Caminho de Santiago" pretendem orientar os leitores naquele que é considerado por muitos como uma das peregrinação mais importantes da humanidade.
Os Caminhos de Santiago são hoje um fenómeno global que remete para uma tradição de séculos que, segundo o bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, "se estendem por toda a Europa", numa vertente simultaneamente religiosa e cultural. Seja por motivações piedosas, culturais ou simplesmente por lazer, atraem anualmente milhares de fiéis que fazem também um "percurso de reflexão, destaca Joel Cleto.
"História, cultura, gastronomia, tradições locais. O JN vai guiar os seus leitores por essa riqueza numa coleção que todos vão querer guardar. Vale mesmo a pena", sublinhou Domingos de Andrade, diretor-executivo do JN. Dada "a relação muito especial" que o jornal tem com o território, "é suposto dar contributos importantes, no sentido de divulgar, promover e estimular o conhecimento sobre o património". "Por este caminho, vamos conseguir chegar a este objetivo", destacou, por seu lado, José Carlos Lourenço, do Conselho de Administração da Global Media Group.
A coleção contém informações históricas e de interesse turístico, bem como mapas e roteiros relevantes sobre todos os percursos. Vai começar a ser distribuída, gratuitamente com o JN, já a partir do próximo domingo e depois todas as sextas e sábados até 25 de junho.
O Caminho Central é o mais antigo. Passa por Rates (lugar onde terá estado sepultado São Tiago), por Barcelos, Lima, serra da Labruja e Valença. Junto ao litoral, segue o Caminho da Costa, cujos pontos de interesse são, além de Rates, Esposende, Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Valença. A alternativa à via litoral e ao Caminho Principal é a rota que segue até Valença pela Trofa e pela "cidade dos arcebispos", o chamado Caminho Português por Braga.
Todos estes pontos assumem um papel preponderante, já que, como atesta Armandina Saleiro, vice-presidente da Câmara de Barcelos, os itinerários dependem "fortemente da gestão de cada autarquia". Para Sérgio Humberto, presidente da Câmara da Trofa, importa apostar no turismo, sendo que "potenciar o turismo religioso" é uma prioridade. Já Ricardo Rio, autarca de Braga, destaca os Caminhos de Santiago como forte contributo para o património português.