A diretora da Obra Católica Portuguesa de Migrações, Eugénia Quaresma, pediu, esta terça-feira, "humanidade" com os imigrantes marroquinos que entraram em Portugal, na sexta-feira, numa embarcação, que deu à costa no Algarve.
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"A resposta das autoridades e da Igreja deve ser acolher e saber as necessidades das pessoas, e foi isso que aconteceu. Olhar para a situação de vulnerabilidade e, só depois, para a questão jurídica", afirmou, durante uma conferência de imprensa no Santuário de Fátima, por ocasião da Peregrinação Internacional Aniversária de Agosto, que começou esta quinta-feira.
"O que aconteceu, acontece noutras paragens. O acolhimento é uma situação de emergência. Seja para permanecer, seja para regressar, mas pode haver humanidade nestes tempos", afirmou Eugénia Quaresma. Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, José Traquina recordou que Portugal e Marrocos assinaram um protocolo, em 2022, sobre as condições de trabalho dos marroquinos em Portugal. "As coisas podiam ser bem feitas. Se não estão a ser, é porque alguém está a explorar as pessoas", alertou.
