<p>Uma mulher, de 76 anos, morreu, esta sexta-feira de madrugada, supostamente intoxicada pelo fumo, no interior de uma casa em chamas, no centro de Avanca. Um filho, de 35 anos, com quem vivia, sofreu várias queimaduras.</p>
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A vitima mortal encontrava-se a dormir num quarto do rés-do-chão e foi retirada sem vida do interior da casa, segundo fonte dos bombeiros de Estarreja, sem qualquer sinal de queimaduras no corpo. Tudo indica que tenha morrido intoxicada pelo fumo. Clotilde Silva, 76 anos, tinha dificuldades de locomoção, utilizava muletas, depois de ter sofrido um AVC e tem familiares em Lisboa e França.
O seu filho, Alfredo Afonso, de 35 anos, que estava a dormir numa cama no corredor do rés do chão, conseguiu sair pelo seu pé da casa em chamas, mas ficou ferido com várias queimaduras na cara, braços e pescoço, tendo sido transferido para a Unidade de Queimados do Hospital da Universidade de Coimbra depois de ter recebido tratamento na Urgência do Hospital de Aveiro. O seu estado não inspira cuidados.
O incêndio destruiu por completo uma casa antiga de rés do chão e primeiro andar no centro da vila de Avanca e foi detectado pouco depois das quatro horas da madrugada, pelo proprietário, Marcelino Guimarães, que dormia no primeiro andar.
"Foi o barulho da lenha a arder que me acordou", disse, ao JN, Marcelino Guimarães, que saiu ileso e não consegue explicar a origem do incêndio. Este terá tido início na zona onde se encontrava a dormir Alexandre, que tem um passado de toxicodependência e de quem não se conhece nenhuma ocupação profissional.
"Saí para a rua e chamei os bombeiros, enquanto as minhas cunhadas com um irmão e as minhas sobrinhas tentaram retirar a senhora de lá de dentro, porque o filho saiu pelo seu próprio pé", contou Marcelino Guimarães, que reside em Lisboa e se desloca a Avanca quinzenalmente. Clotilde, segundo disse, pagava nove euros de renda por mês. Quando os bombeiros chegaram a Avanca a casa era um pasta de chamas, segundo o comandante dos bombeiros de Estarreja, António Valente, que atribuiu a causas desconhecidas a origem do fogo. Os bombeiros de Estarreja utilizaram seis viaturas (e ainda duas ambulâncias) e 24 elementos.