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O PS domina a Câmara de Fafe desde 1979 mas, nos dois últimos atos eleitorais, a criação de dois movimentos independentes que incluíam dissidentes do partido fragilizaram os socialistas
Em 2013, foi por apenas 15 votos, num universo de mais de 31 mil votantes, que o socialista Raúl Cunha conseguiu ser eleito para um primeiro mandato como presidente. Parcídio Summavielle, do movimento "Independentes por Fafe", ficou a liderar a Oposição mas, na parte final do mandato, fez um acordo com o PS, e em 2017 já integrou a lista socialista como número dois de Raúl Cunha.
Em 2017, um outro grupo de socialistas criou o movimento "Fafe Sempre", encabeçado por Antero Barbosa, e foi também a segunda força mais votada, elegendo quatro vereadores, tantos quantos os eleitos do PS no Executivo, ficando o PSD com um vereador.
Raúl Cunha, de novo a liderar a Câmara sem maioria, conseguiu negociar com Antero Barbosa e os dissidentes, que foram expulsos do partido, vão integrar a lista socialista nas próximas eleições. Raúl Cunha até sai de cena, passando a ser candidato à Assembleia Municipal, o que deixa caminho aberto a Antero Barbosa para ser eleito presidente de Câmara, agora pelo PS.
O PSD, que nas duas últimas autárquicas também sofreu com o aparecimento de listas independentes, apresenta este ano Rui Novais da Silva, um jovem licenciado em direito que lidera a Concelhia.
O CDS apresenta uma lista encabeçada pelo independente Iazalde Lacá Martins, um advogado com forte trabalho associativo, que terá a árdua missão de tentar eleger um vereador, algo que o partido só conseguiu em 1976.
A CDU apresenta-se com Alexandre Leite, um jovem dentista e militante do PCP que foi, durante alguns anos, membro da Assembleia Municipal.
Novidade deste ano será a participação do Chega, que já apresentou Ricardo Costa, professor do Ensino Básico.
