O Governo "mantém-se empenhado em continuar a trabalhar para encontrar soluções" para o congestionamento da VCI, no Porto, mas diz que a maior parte do trânsito tem origem e destino na Área Metropolitana, pelo que dificilmente esses condutores passariam a usar a CREP, mesmo que houvesse redução ou isenção de portagens.
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"Embora a concessão do Grande Porto da A41 não esteja inserida numa região economicamente desfavorecida, em 2021 beneficiou das reduções instituídas pela portaria n.º 138-D/2021, de 30 de junho, a vigorar desde 1 de julho de 2021, não se tendo verificado, como consequência, uma redução de tráfego na VCI", refere o Ministério das Infraestruturas, na resposta a um requerimento apresentado pelo PSD. O documento, assinado pelo deputado Firmino Pereira, questionava a tutela sobre a possibilidade de reduzir as portagens para os automóveis e isentar de pagamento os camiões na CREP/A41, como forma de aliviar a VCI do trânsito de atravessamento. O social-democrata assinalava, a propósito, o caos diário que se vive na VCI, com a circulação de muitos veículos pesados.
"Apesar da existência de algum tráfego de atravessamento [na VCI], a grande maioria das viagens são de utilizadores com origem e/ou destino na Área Metropolitana do Porto, o que dificulta a transferência destes veículos para vias mais exteriores ao Porto, como é o caso da A41/IC24 (CREP)", argumenta o Ministério.
A tutela lembra que a VCI tem um tráfego médio diário anual superior a 100 mil veículos, sendo uma das principais vias da região. "A densidade de tráfego e a sua configuração com múltiplos acessos resultam em frequentes congestionamentos com grande impacto na mobilidade", acrescenta.
Garantindo que está "ciente da problemática relativa ao congestionamento verificado na VCI", o Governo manifesta o seu empenho em continuar a trabalhar para encontrar soluções. Mas não aponta o que estará a ser equacionado.