<p>A circulação na linha do Norte, entre Válega e Ovar, onde anteontem descarrilou um comboio com 18 vagões, continuou sem estar completamente a funcionar. </p>
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Naquele troço apenas uma via esteve aberta, no sentido Porto-Lisboa, enquanto que na outra decorreram os trabalho de desobstrução. O fim dos trabalhos estavam previstos continuarem na madrugada de hoje, sem hora para a normalização da circulação. Ontem, ao final do dia, ainda não se sabia as causas do acidente.
Desde as 21.40 horas de anteontem que abriu um dos sentidos da circulação, mas os trabalhos continuaram. “Numa situação como esta é preciso desobstruir a via, carrilar os vagões que descarrilaram e depois retirá-los do local para reparar-se a via férrea”, informou Santos Lopes, da Refer.
Desde o acidente, ocorrido anteontem às 17.30 horas, foram destacados meios para restabelecer a normalidade, mas ontem, ao final do dia, ainda os guindastes trabalhavam. Os trabalhos continuaram pela madrugada de hoje.
Apesar de a via estar obstruída num dos sentidos, numa extensão de quatro quilómetros, “não se verificaram atrasos na circulação dos comboios”, afirmou Santos Lopes, acrescentando que “é preciso abrir um processo de inquérito para perceber por que razão descarrilou o comboio”.
Anteontem, o descarrilamento de um comboio de mercadorias em Válega (Ovar) lançou o caos na Linha do Norte. Não houve feridos, mas durante várias horas milhares de passageiros viram-se entre atrasos, transbordos e falta de informação.
Num dia como sexta-feira, só um intercidades pode levar cerca de 700 passageiros. E só para os comboios de longo curso é que a CP tem um programa de reembolso para passageiros afectados por atrasos cuja responsabilidade é da empresa.
O comboio com 18 vagões ficou com nove tombados nos dois lados da via-férrea causando danos significativos na catenária. Todo o dia de ontem foi dedicado a reparar a ferrovia e as penalizações nos horários dos comboios eram “praticamente inexistentes”, como garantiu Santos Lopes.