Há seis edifícios a demolir no bairro do Cedro, em Gaia, para viabilizar a construção da Linha Rubi do metro, que ligará a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Gaia. Entretanto, a empresa também já chegou a acordo com proprietários de casas junto à estação de Santo Ovídio, para a expropriação dos terrenos. Algumas habitações já estarão mesmo vazias.
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Há "quatro edifícios a demolir na Rua Conde Dom Pedro" e "dois edifícios a demolir na Rua Diogo Couto", lê-se nos documentos do projeto de execução da Linha Rubi do metro, citados pela Lusa. Estes prédios estão inseridos na Zona Especial de Proteção da Escola Primária do Cedro, em Gaia. O concurso para a construção do segundo traçado de metro entre o Porto e Gaia foi lançado na semana passada, tendo a Metro já chegado a acordo com proprietários de várias casas junto à estação de Santo Ovídio com vista à expropriação dos terrenos.
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A constituição da área de proteção da escola "tem em consideração a implantação da Escola Primária do Cedro e a sua envolvente urbanística, e a sua fixação visa salvaguardar a coerência arquitetónica deste enquadramento e a correta leitura visual do imóvel". O edifício foi projetado pelo arquiteto Fernando Távora e construído entre 1958 e 1960, representando "um dos contributos pioneiros para o desenvolvimento da arquitetura contemporânea em Portugal".
"Reavaliar soluções" para evitar demolições
A Metro do Porto apresentou duas opções no Estudo de Impacto Ambiental para a construção da linha nesta zona em concreto. Uma delas evitava as demolições, ao construir-se um túnel ao longo da Rua António Rodrigues da Rocha, mas o trajeto seria menos eficiente do ponto de vista ferroviário.
Certo é que os documentos resultantes da Avaliação de Impacto Ambiental aconselharam a Metro do Porto a reavaliar soluções técnicas que possam evitar demolições. No entanto, não havendo alternativa, teria de ser analisada a eventual reconstrução dos edifícios demolidos.
A Lusa questionou a Metro do Porto se a demolição prevista prevê a reconstrução posterior das casas, ou se no âmbito da construção posta a concurso a demolição ainda pode ser evitada, e aguarda resposta.