O Hospital Distrital da Guarda tem, este sábado, as três enfermarias totalmente ocupadas com 104 doentes internados e as duas Unidades de Cuidados intensivos lotadas com 16 pessoas infetadas com covid-19 em estado considerado mais crítico.
Corpo do artigo
Sem contabilizar os doentes que estão na sala dos respiratórios, onde já chegaram a estar concentrados mais de 80 doentes, sob observação ou a aguardar vaga no internamento, a Unidade Local de Saúde (ULS) regista este sábado um dos piores dias de sempre. Não havendo altas ou óbitos, na pior das hipóteses, a instituição não tem vagas seja em enfermaria seja nos cuidados intensivos.
Soube o JN que a Administração pondera abrir uma nova ala para doentes covid depois de ter recebido 18 novas camas: 10 camas de articulação elétrica e mais 8 de articulação e elevação cedidas pela Iniciativa "Aconchegar", coordenada pela Fundação São João de Deus.
"Em resposta a um pedido de ajuda formulado no dia 1 de fevereiro, foi possível mobilizar em tempo recorde 18 camas, 18 colchões e 36 guardas metálicas para entregar no Hospital Sousa Martins", referiu Nuno Miguel Guerra, citado no comunicado divulgado pela ULS. "Estamos muito gratos com a prontidão de resposta que possibilita aumentar a nossa capacidade de internamento tão necessária no atual período de pressão em que nos encontramos", evidenciou o presidente da Unidade local de Saúde da Guarda, João Barranca.
Menos casos ativos
A descida ainda não é muito significativa, mas no espaço de uma semana, os 13 concelhos da área de influência da ULS da Guarda assinalam 3606 casos ativos de covid-19, ou seja, menos 282 infetados. O concelho da Guarda continua a ser o que mais se destaca com 883 casos ativos, seguido de Seia com 642. Sabugal com 366, Gouveia e Almeida superam os 200 infetados cada um. Desde o início da pandemia estiveram infetadas 11102 pessoas, 7230 recuperaram e 265 doentes acabaram por falecer.