Duas frentes controladas no fogo em Oliveira de Azeméis. Quatro meios aéreos no combate
Quase 200 operacionais combatiam, cerca das 12.30 horas, desta terça-feira um incêndio florestal na freguesia de Pinheiro da Bemposta, concelho de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro.
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Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o fogo, cujo alerta foi dado às 3.32 horas, estava a ser combatido por 190 operacionais com o apoio de 57 viaturas e quatro meios aéreos.
"Mantemos quatro frentes de combate ativas, duas delas já estão a ceder aos meios, mas duas mantêm-se descontroladas. Não conseguimos chegar a essas duas frentes, porque os acessos são bastante difíceis, declives muito acentuados, o que dificulta muito o combate. Vamos trabalhando com os meios terrestres e os meios aéreos, o fogo está longe das populações", referiu Fernando Maciel, Segundo Comandante dos Bombeiros de Oliveira de Azeméis, já ao final da manhã, ao JN.
Durante a noite, um incêndio, que chegou a assustar as populações, em Guimarães, foi combatido por mais de 50 operacionais e dado como extinto já de madrugada.
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Na segunda-feira, a ANPC emitiu um aviso à população sobre o perigo de incêndio rural, devido à manutenção de temperaturas acima do habitual para a época e "acentuado aumento da intensidade do vento".
A ANPC avisa que o cenário meteorológico "traduz-se num aumento dos índices de risco de incêndio até quarta-feira, com condições favoráveis à rápida propagação de incêndios em todo o território continental", com níveis de risco elevado e muito elevado.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a temperatura máxima está acima dos valores normais para a época do ano, com valores entre 25ºC e 28ºC nas regiões centro e sul e entre 20ºC e 25ºC na região norte.
Está previsto igualmente um aumento da velocidade do vento, do quadrante de leste, com rajadas até 40 km/h e rajadas até 65 km/h no litoral a norte do Cabo Mondego durante a noite e manhã de terça-feira, e no Algarve a partir do fim da tarde.
Face a estas previsões, a ANPC lembra que a queima de matos cortados e amontoados e de qualquer tipo de sobrantes de exploração está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa.
A ANPC recomenda também a "adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente através da adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, na utilização do fogo em espaços rurais".
Segundo IPMA, o concelho de São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresenta hoje risco máximo de incêndio e outros 22 estão em risco muito elevado.
* com Augusto Correia e Lusa