Os trabalhadores da Environment Portugal FCC, concessionária da recolha dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no Marco de Canaveses, entregaram um pré-aviso de greve para o período entre a meia-noite de sábado e as 24 horas de segunda-feira, que vai afetar a recolha de resíduos no concelho no fim de semana de Páscoa.
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Os trabalhadores pedem, há mais de dois anos, através de plenários e de greves, uma melhoria das condições de trabalho. Entre as exigências consta o pedido de aumento salarial de 15%, com um mínimo de 150 euros, para todos os trabalhadores; a implementação de um salário de entrada de mil euros; o subsídio de refeição de 10 euros/dia; a fixação do período normal de trabalho em sete horas diárias e 35 horas semanais; a garantia de 25 dias de férias remuneradas e a concessão de subsídios de insalubridade, penosidade e risco para os trabalhadores em funções de risco.
Na eminência de uma paralisação em massa dos funcionários da FCC, a Câmara do Marco de Canaveses, proprietária da concessão, “solicita a melhor compreensão e colaboração dos munícipes no sentido de evitarem tanto quanto possível o depósito nos contentores entre os dias 29 de março e 1 de abril, de forma a conter-se a acumulação de lixo nos espaços públicos”.
A autarquia garante que está atenta à situação, “tendo participado, como assistente” na reunião entre o sindicato e a empresa, realizada na passada segunda-feira, “assumindo o compromisso de garantir que a empresa cumpre todas as obrigações legais”. “Apesar dos esforços para encontrar um entendimento entre as partes envolvidas, algumas das questões apresentadas pelo sindicato não puderam ser atendidas”, esclarece fonte municipal.
A autarquia marcuense alega que “não tem competência para decidir sobre as questões apresentadas pelos trabalhadores da FCC, nem pode fazer exigências à empresa neste sentido. Tais questões estão sujeitas a acordos entre as partes envolvidas, e a Câmara está limitada ao cumprimento das obrigações legais estabelecidas”, justifica a câmara.