Menezes: "Foi um grande salto em frente. Missão é unir todos os gaienses"
Coligação PSD/CDS/IL ganhou em 16 das 24 freguesias do concelho. No discurso de vitória, Luís Filipe Menezes garantiu que vai pedir uma auditoria externa às atuais contas da Câmara de Gaia.
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"Partimos do zero e ganhámos em 16 das 24 freguesias. Foi um grande salto em frente. Quero unir todos os gaienses, tenham ou não votado em nós. Essa será a minha missão", garantiu ontem Luís Filipe Menezes, o regressado presidente social-democrata da Câmara de Gaia e um dos grandes vencedores da noite autárquica no panorama nacional.
Salientou o gosto especial de ter ganho em Olival, "um bastião socialista", e em Oliveira do Douro, entre outras freguesias. Deixou uma palavra de "estima" ao concorrente direto, João Paulo Correia (PS), porém avançou com uma garantia: irá pedir uma "auditoria externa" às contas atuais da Câmara e das empresas municipais, para que os gaienses conheçam o "real estado" das finanças e o que o novo Executivo irá "herdar". Advertiu, contudo, que "não se trata de uma perseguição".
Para o futuro, vincou que pretende "reforçar a marca "Gaia, inovar e modernizar", bem como ter "boas relações com o Porto" para realizarem ações comuns nos "transportes e em eventos", entre outras áreas. Porto e Gaia "têm vivido de costas voltadas" e "isso não pode acontecer".
Caravana automóvel
O Tappas Café, em Francelos, à beira-mar, foi transformado no quartel-general "laranja". À medida que a noite foi passando, foram-se juntando cada vez mais apoiantes. O espaço ao ar livre era de acesso reservado. Mesmo juntinho à praia, a noite amena, sem vento, ajudou à festa.
No arranque da noite, mesmo com as projeções a darem a vitória à coligação PSD/CDS/IL, o ambiente era morno. A "casa" só aqueceu com a chegada de Menezes. Entrou acompanhado da família e foi muito acarinhado. "Presidente, presidente", gritaram aqueles que o aguardavam. "Vitória, vitória", ouviu-se, depois, entre o agitar das bandeiras, quando o tom já era mais acalorado. Menezes foi engolido pelas dezenas de apoiantes. Entre beijos e abraços, celebrava-se o regresso ao poder, após três mandatos do PS. Também muito saudada foi a presença de Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros e candidato à presidência da Assembleia Municipal. "Vou ocupar o lugar com muito orgulho", disse Rangel, ao lado de Menezes no discurso de vitória, quando a marginal já era invadida pelas buzinadelas da caravana automóvel.v