Menezes quer cortar com a Unir em Gaia e "reabrir a Ponte Luís I ao trânsito”
Luís Filipe Menezes regressou, esta segunda-feira, como candidato à Câmara de Gaia e com muitas propostas, tendo a seu lado o ministro Paulo Rangel que quer levar o município à “Champions”. As medidas para a mobilidade estiveram em destaque.
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Doze anos passados, “afastado da vida política”, Luís Filipe Menezes apresentou-se aos gaienses para tentar reconquistar a Câmara de Gaia, num pontapé de saída no auditório do Hotel Hilton, na zona ribeirinha, a rebentar pelas costuras. Teve Pedro Duarte, líder da Distrital do PSD/Porto, na plateia, e Paulo Rangel ao seu lado como candidato à Assembleia Municipal. “Gaia tem que ir à Liga dos Campeões e isso está garantido com Filipe Menezes”, disse, bem alto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, nascido em Gaia.
Desenha-se um duro duelo com João Paulo Correia, do PS, tendo, esta segunda-feira, o candidato do PSD, que concorre aliado com o CDS-PP e a IL, enumerado uma série de propostas, com realce para a mobilidade e um corte com a empresa metropolitana Unir. “Vamos repensar o atual modelo fracassado e inaceitável que exaspera os gaienses, não o vamos aceitar, vamos estudar uma alternativa viável e qualificada, que pode vir a ser a criação de uma empresa municipal em parceria com operadores privados”, referiu, adiantando também que, se ganhar, “na primeira semana vai reabrir ao trânsito o tabuleiro inferior na Ponte D. Luís I”, caso do lado do Porto assim o entendam igualmente.
Recuperar Ponte D. Maria
Prometeu “a reposição de duas faixas de circulação em ambos os sentidos na Avenida da República”, “propor (ao Porto) novos atravessamentos que desbloqueiem as pontes da Arrábida e do Freixo, animação conjunta do rio, realização de mais eventos bi-citadinos, para além do S. João, e a recuperação física funcional da Ponte D. Maria”.
Nas propostas, saliência ainda para a “criação de dois campus universitários residenciais, no miolo central da cidade, em terrenos municipais”; “a atribuição de 600 bolsas para estudantes do ensino superior – só beneficiará quem não chumbar”; e “200 estágios remunerados nas empresas municipais”. Outra garantia dada foi “a transferência do festival Marés Vivas (que se realiza na costa, na Madalena) para o interior do concelho, para favorecer a mobilização”.
4000 casas novas
Na habitação, foi prometida a “construção de 4000 casas por mandato com rendas acessíveis e controladas, sendo 40% delas no interior e sul de Gaia”. “Vamos investir os 180 milhões de euros que nos cabem e ainda bater à porta do Ministério das Infraestruturas para pedir mais um bocado”, garantiu. A “transmissão on line das assembleias municipais e a institucionalização da figura do Provedor do Munícipe”, assim como trabalhar com “a PSP e GNR” para melhorar a vida no espaço público, designadamente no “Jardim do Morro”, fazem parte do projeto de Luís Filipe Menezes.
“Eu sei que isto (candidatura) é um risco, mas como dizia Sá Carneiro, a política sem risco é uma chatice”, declarou no começo. Mais tarde, no encerramento, agradeceu à mulher e ao filho que o "empurraram para esta boa loucura”.
Adão da Fonseca foi a escolha para presidir à Comissão de Honra. Poças Martins foi o escolhido para mandatário. "É o melhor presidente que Gaia já teve. O município tem sido falado por más razões e Luís Filipe Menezes é a lufada de ar fresco que Gaia precisa", considerou Poças Martins.