A criança de 12 anos retirada da mãe por ordem judicial, há duas semanas, em Vila Pouca de Aguiar, porque não usava máscara na escola, está a acabar o ano letivo em casa dos avós paternos, em Vila Real.
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Segundo fonte ligada ao processo, apesar das alegações da mãe do não uso da máscara por motivos médicos, a menina vai às aulas protegida "e sem problemas de saúde".
A mãe "não acredita na doença da covid-19", pelo que, além de não usar, também enviava a filha para a escola sem máscara". Terá sido nessa altura que o Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar a avisou que a menina tinha de usar proteção, como os restantes colegas. Por isso, informou a fonte, "a aluna ficou vários dias sem ir às aulas" porque a mãe não queria que usasse proteção facial.
Foi nessa altura que a escola informou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), que tentou intermedidar o problema, mas a mulher recusou e a criança continuou sem ir às aulas. Foi interpretada essa ação, pela CPCJ, como "uma proibição". A mãe terá alegado que "preferia resolver o assuto com o Ministério Público". E assim aconteceu, só que, segundo a mesma fonte, a mulher "foi mandada sair da sala do tribunal pelo juiz", pela forma como se lhe dirigiu, e foi aplicada uma ação cautelar de enviar a criança para casa dos avós paternos, em Vila Real, cidade onde está a terminar o sexto ano.
Há duas semanas, a GNR cumpriu a decisão do juiz e foi buscar a menina a casa. Filmando toda a cena, a mulher alegou que os guardas estavam "a raptar a fiha" e fez queixa deles. Dentro de dois meses, e ainda de acordo com a decisão judicial, a criança volta para casa da mãe.
O JN tentou, sem sucesso, ouvir a escola e a CPCJ.