Foi lançado, esta segunda-feira, pela Metro do Porto, o concurso público internacional para a compra de autocarros a hidrogénio verde para servir o metrobus entre a Avenida da Boavista, no Porto, e a rotunda da Anémona, em Matosinhos. O preço base é de 23,45 milhões de euros.
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O anúncio publicado pela Metro do Porto esta segunda-feira em Diário da República abre o concurso público internacional para "fornecimento e manutenção de veículos BRT (bus rapid transit), infraestruturas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável". O prazo de execução do contrato é de 16 anos. O preço base é de 23,45 milhões de euros e podem ser apresentadas propostas até fevereiro de 2023.
Em causa está a construção da linha de metrobus Boavista - Império, com ligação à Praça Cidade do Salvador (Rotunda da Anémona), em Matosinhos. Trata-se de um serviço de autocarro a hidrogénio verde que circulará em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.
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O concurso público para o projeto foi lançado em julho de 2021. O vencedor foi o consórcio formado pelas empresas Alberto Couto Alves e Alves Ribeiro. O procedimento para a fiscalização da empreitada foi lançado a 28 de novembro. As propostas podem ser submetidas até 29 de dezembro, prazo que alarga o arranque da obra para 2023. Dias antes, a Metro do Porto foi autorizada, pelo Conselho de Ministros, a gastar 7,68 milhões de euros para manter o sistema de hidrogénio verde a instalar no metrobus da Boavista.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, o arranjo urbanístico previsto para a Avenida da Boavista atrasou o arranque da empreitada. O responsável garantiu à Lusa que os trabalhos serão realizados de forma faseada.
O investimento no metrobus é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência e ascende aos 66 milhões de euros, sem IVA. Sobre o traçado do transportes, estão previstas paragens na Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império. Para o troço até Matosinhos somam-se as estações Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).
Será a STCP a operar o serviço e não a Metro do Porto, como foi já anunciado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.