Das oito paragens da Linha Rubi, só três, em Gaia, serão à superfície. Na Casa da Música, no Porto, já estão a ser construídos 200 metros de túnel para o metro em direção ao Campo Alegre.
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Das oito estações que compõem a futura Linha Rubi do metro do Porto, é a de Soares dos Reis, em Gaia, que mais dinheiro vai custar. E o motivo é fácil de explicar: será a mais profunda de todas, cerca de 23 metros abaixo do solo. As da Arrábida, Candal e Rotunda, também em Gaia, serão construídas à superfície. Tendo cada uma a sua importância individual, o engenheiro civil e diretor do gabinete de projetos da Metro do Porto, Vítor Silva, alerta, ainda assim, para a relevância de olhar para o traçado como parte integrante da rede e não como ligação independente. Até porque prevê-se que este novo traçado capte 12 milhões de validações por ano.
É na Linha Rubi que vai nascer a nova ponte sobre o Douro, para a qual o JN, as câmaras do Porto e de Gaia, e o Ministério do Ambiente, que tutela a Metro, desafiam os leitores a escolher um nome.
Justificar uma segunda ligação de metro a Gaia parece desnecessário, mas Vítor Silva relembra: "A Linha Amarela [Hospital de S. João-Santo Ovídio], a mais requisitada do metro, já estava saturada antes do prolongamento até Vila d'Este [em construção]".
Túnel na Casa da Música
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O traçado da Linha Rubi arrancará a partir da Casa da Música, no Porto, onde já estão a ser construídos, a par dos trabalhos da Linha Rosa, 200 metros de túnel em direção ao Campo Alegre. E a escolha dessa zona para uma nova estação prende-se com a existência de "um espaço livre" junto à Faculdade de Arquitetura, que permitirá, durante a obra, "minimizar os impactos à superfície". Além disso, como para a localização da nova ponte também "não existiam muitas opções", desta forma a estação ficará "alinhada" com a travessia.
A viagem segue para Gaia até à estação da Arrábida. À boleia do metro, e à semelhança do que acontecerá na envolvente aos pilares da nova travessia, aquela área será reabilitada, ganhando uma praça por cima da VL8 e um miradouro "com o qual as pessoas vão deliciar-se", acredita Vítor Silva.
"Em cada local onde implantamos uma estação fazemos um círculo no mapa com um raio de 300 ou 500 metros e sabemos que essa é a nossa área de captação", explica, continuando o traçado até ao Candal e perspetivando as zonas residenciais, de comércio e empresas que ficarão servidas pelo metro. Para a estação seguinte, a da Rotunda, está prevista a construção de um parque de estacionamento subterrâneo com 500 lugares. "O objetivo é captar todo o trânsito que vem do lado de Espinho, para que as pessoas possam deixar ali o carro e apanhar o comboio nas Devesas ou seguir até à Casa da Música", refere.
Segue-se a estação de Soares dos Reis, que desempenhará um importante papel para alunos e professores das escolas, hospitais, Gaia Shopping e supermercados. Com ela e a de Santo Ovídio tão próximas, deixa de "haver desculpas para usar o carro".
Vamos dar nome à nova ponte
Arranca no dia 6 de abril a votação para a escolha do nome da nova ponte, em jn.pt. As opções são as indicadas por um grupo de trabalho com personalidades indicadas pelo Ministério do Ambiente, que tutela a Metro do Porto, os municípios do Porto e de Gaia, e pelo próprio JN.
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