Entre esta sexta-feira e domingo, Miranda do Douro volta atrás no tempo para reviver a Guerra do Mirandum, um dos episódios mais marcantes da história desta localidade transfronteiriça, que resultou na destruição do castelo e na morte de um terço da sua população naquela época.
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A ideia de recriar esta batalha, quando se assinalam 261 anos, partiu do município. Várias ruas do centro histórico de Miranda do Douro estão encerradas ao trânsito e decoradas a preceito, com o objetivo de recriar a praça-forte do século XVIII "para dar a conhecer o que foi esta guerra e prestar homenagem aos que nela participaram", explicou uma fonte da autarquia.
Do programa fazem parte várias atividades, nomeadamente a recriação de episódios históricos, como guerras e batalhas, haverá um mercado popular, tabernas, bem como música, canto, malabarismo e acrobacias, jogos de destreza e treino de armas.
A explosão do castelo de Miranda do Douro ocorreu a 8 de maio de 1762 e nela perderam a vida 400 pessoas. A fortificação nunca foi reconstruída e as ruínas que dela restam ainda pode ser vista na cidade, onde se identificam a base da Torre de Menagem, a Porta da Traição, as muralhas e parte da cidadela.
A recriação histórica é também uma forma de promover as Terras de Miranda, segundo a presidente do município, Helena Barril, e de atrair turistas, sobretudo espanhóis, que já por tradição visitam Miranda do Douro ao fim de semana.
A Guerra do Mirandum está relacionada com a Guerra dos Sete anos, em 1762, quando o exército franco-espanhol, liderado pelo Marquês de Sárria, cerca a cidade de Miranda do Douro. O paiol, localizado na alcáçova do castelo, com cerca de 500 barris de pólvora, explode atingindo as defesas do castelo e alguns bairros periféricos.