Os moradores das urbanizações que circundam o centro comercial Braga Parque, onde está instalada uma loja Pingo Doce, dizem-se "desagradados" com a quantidade de carrinhos de compras daquele supermercado que têm sido abandonados na via pública. A empresa admite que o problema "não é novo", mas "não pode controlar saída dos carrinhos do shopping e dos parques de estacionamento".
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"Só numa caminhada que fiz, desde a Avenida Antero de Quental até à rotunda da Universidade do Minho, dei de caras com um vasto número de carrinhos nos mais diversos locais e posições", lamenta Mário Relvas, um dos moradores indignados com a situação.
Segundo o bracarense, além do abandono dos equipamentos na via pública, já assistiu "a rapazes sentados nos carrinhos e outros a empurrá-los, fazendo corridas de rua. Às vezes, batem em carros devidamente estacionados, danificando-os".
Ricardo Silva, presidente da Junta de S.Victor, onde se concentra o problema, confirma a receção de "várias queixas". "É quase o fenómeno das trotinetas. Não há capacidade de fiscalizar quem tira os carrinhos do shopping e os leva para a via pública", critica o autarca, apontando as ruas Antero de Quental, Luís Soares Barbosa, Padre António Vieira, S.José e Praça do Bocage como as mais afetadas.
Ao JN, o Grupo Jerónimo Martins garante que o Pingo Doce "tem vindo a criar procedimentos, dentro do que lhe é possível fazer, para minimizar o impacto causado por estas más práticas", admitindo que a situação "lesa" as comunidades envolventes, mas também o próprio supermercado.
Os responsáveis esclarecem que já deixaram de fornecer moedas plásticas para desbloquear os carrinhos e foi colocada sinalética, "apelando para que não sejam levados para fora do shopping". Além disso, asseguram fazer "com muita regularidade" recolha de carrinhos das ruas.