Os moradores lançaram, esta quinta-feira, uma petição pública para proteger a magnólia da Prelada, no Porto, enquanto o Instituto da Natureza (ICNF) esclarece que o processo para classificar a centenária árvore ainda está a decorrer.
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O caso da magnólia da Prelada, que tem um processo de classificação pendente no ICNF, continua a dar que falar.
No dia a seguir ao Instituto ter esclarecido que o processo não está encerrado, os moradores do prédio da Rua de São Vicente (árvore está localizada nas suas traseiras), vizinhos e outros cidadãos lançaram uma petição pública intitulada "Pela proteção da magnólia mais vulnerável do Porto".
Os signatários pedem que que a classificação, como árvore de interesse público, "siga os seus trâmites e seja aprovada em breve".
Sublinham tratar-se de um "exemplar centenário, que se encontra longe da vista do público, motivo pelo qual urge a proteção".
Também destacam não aceitar que "o ICNF prescinda de a proteger por mero capricho de alguns coproprietários do prédio [que não assinaram a petição], que se opõem à classificação, alegando vagos inconvenientes".
Já tem proteção provisória
Antes, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas tinha esclarecido que o processo não está fechado: "Está em curso, não estando ainda concluído, nem tido sido tomada qualquer decisão".
O ICNF acrescenta que a árvore "está considerada em vias de classificação, tendo o estatuto de proteção atribuído, pelo menos até à conclusão deste processo".
É ainda assinalado que "quaisquer intervenções na magnólia, ou na zona geral de proteção provisória de 15 metros, estão sujeitas à emissão de parecer prévio do ICNF".
O ICNF admite que a magnólia possui "atributos passíveis de justificar a classificação". Pelo desenho e pela raridade.
Em janeiro de 2022, o pátio foi aberto ao público para as pessoas contemplarem a árvore florida. Foi um sucesso e logo aí alguns moradores pensaram no pedido de classificação.