Morreu ao descer o rio em caiaque

As fortes corrente o caudal acima da média poderão estar na origem deste acidente ocorrido, ontem, por volta das 15h30, na zona da Redonda, concelho de Águeda. O outro ocupante do barco ficou apenas com ferimentos ligeiros, tendo sido transportado ao hospital local.

A vítima, Carlos Candeias, era funcionário da Câmara de Águeda, e deixa viúva e dois filhos. Tinha por hábito frequentar aquela zona para fazer descidas do rio e mergulho. Esta era já a quarta vez que descia o Rio Águeda, nesta zona da Redonda, em caiaque.

Segundo os Bombeiros de Águeda, a vítima terá ficado presa à embarcação, não tendo por isso conseguido salvar-se. "Quando chegámos aqui já tínhamos um cadáver. Iniciámos logo as operações de resgate e chamámos os mergulhadores", explicou Ivo Almeida, adjunto dos bombeiros.

As fortes correntes impediram os bombeiros de entrar na água mal chegaram ao local. Ivo Almeida esclareceu que "estas são as normas. Não podíamos por em risco a vida dos mergulhadores, sem primeiro acautelar todas as condições de segurança". "Tivemos de esticar um cabo para garantir a segurança dos mergulhadores e quando o estávamos a fazer, o corpo soltou-se e conseguimos resgatá-lo. Não foi possível fazer mais nada", acrescentou.

Ricardo Marques, que passeava na zona, viu o acidente e ainda tentou ajudar a vítima, mas a força das águas impediram-no de conseguir salvar Carlos Candeias. "Vi o barco a virar e quando olhei de novo apercebi-me que um deles já estava a tentar chegar à margem, porque conseguiu soltar-se", contou.

Esta testemunha do acidente que vitimou Carlos Candeias, e que deu o alerta para os bombeiros, disse ainda ao JN que ainda tentou salvar a vítima, recorrendo a um pau que encontrou na margem. "Ainda o tentei puxar, mas ele estava a preso e a tentar libertar-se. Acabou por perder as forças. Não pude ajudar".

Os Bombeiros de Águeda estiveram no local com seis viaturas e um barco, apoiados por 14 homens.