Natural de Viseu, Cláudia sofria de uma doença genética rara. O funeral decorrerá este sábado, a partir das 16 horas.
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Morreu Cláudia Amaral, a jovem de 23 anos que parecia ter mais de 100. As redes sociais encheram-se de mensagens de homenagem à viseense, que sofria de Síndrome de Hutchinson-Gilford (progeria), doença genética rara que faz envelhecer sete vezes mais depressa do que o normal.
Criança em estatura, jovem na idade e idosa na aparência, Cláudia chegou a ser notícia no estrangeiro, nomeadamente no britânico "Mirror", em 2019.
Numa das últimas publicações no Instagram, que descreveu como "desabafo antecipado", a jovem recordou que "a vida é um sopro" e que, por vezes, os humanos tendem a "desperdiçar o melhor que a vida tem para oferecer". No final, garante que não guarda "mágoas" e que, na sua vida, "nunca houve arrependimentos".
Cláudia nasceu sem problemas mas, aos quatro meses e meio, começou a perder peso sem razão. O cabelo começou a cair e a pele a enrugar. Com o diagnóstico, a mãe, Cristina, teve de aprender a lidar com a doença, nomeadamente a colocar no lugar os ossos da filha, que se deslocavam ao mínimo toque. "Sei mais do que os médicos portugueses", chegou a dizer, em 2014, ao JN.
O funeral decorrerá no sábado, a partir das 16 horas, na Igreja da Nossa Senhora da Conceição, em Viseu.