A investigação da Polícia Judiciária à morte de dois jovens de 17 anos por afogamento, numa barragem em Santiago do Cacém, na passada sexta-feira, aponta para um cenário de acidente. Os jovens integravam uma colónia de férias da zona de Lisboa e estavam acampados junto a barragem da Ortiga desde o início dessa semana.
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Durante a tarde de sexta-feira, vários jovens da colónia acompanhados de monitores estavam a banhos nesta barragem. Ao que o JN apurou, os dois rapazes estavam dentro de água quando perderam o pé e afogaram-se. Nessa altura, os monitores mergulharam em seu socorro e ainda os levaram para a margem. Aqui tentaram manobras de reanimação, sem sucesso.
O alerta foi dado às 17.40 horas e quando os bombeiros de Santiago do Cacém chegaram ao local do afogamento as duas vítimas encontravam-se na margem da barragem. Pedro Torrão, comandante da corporação alentejana referiu que "a primeira equipa a chegar ao local ainda efetuou trabalhos de reanimação, mas os rapazes acabaram por falecer". O óbito foi declarado pela equipa da viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital do Litoral Alentejano, para onde os corpos foram transportados.
Enquanto decorriam as operações de socorro, os restantes jovens que compõem a colónia de férias foram afastados pelos monitores para a zona do acampamento, a cerca de 50 metros do local do afogamento. Uma equipa de psicólogos do INEM foi acionada para dar apoio.
Na operação de socorro estiveram mobilizados 13 elementos e seis viaturas dos bombeiros de Santiago do Cacém, GNR e INEM.
O JN apurou que os organizadores desta colónia de férias alertaram a proteção civil para este acampamento com duração superior a duas semanas. Desta forma, bombeiros e autoridades sabiam que havia uma concentração de jovens no local.