O clube de "motards" de Baguim do Monte completou 13 anos no sábado. A nova sede dos Black Dragon, na antiga EB1 de Baguim do Monte, foi inaugurada durante a festa. O presidente do clube, Miguel Santos, quer combater o preconceito associado aos motards.
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"Nasce no berço", garante Álvaro Marques, de 32 anos. A paixão estende-se ao filho Gonçalo, de 10 anos, que ainda não percebeu o que o atrai mais no mundo das motas. Se a velocidade, o roncar do motor ou o estilo de motard que o casaco e o capacete lhe dão. O certo é que o sorriso lhe rasga o rosto quando sobe para a mota do pai.
Diz o ditado que "tal pai, tal filho". Desde miúdo que Álvaro sonha com motas desportivas de alta cilindrada. Conduzi-las é sinónimo de liberdade. "Quando fecho o capacete não existe mais nada", descreve.
Mas a dedicação às duas rodas já lhe foi traiçoeira. No ano passado, um despiste na traseira de um carro atirou-o 30 metros da mota. No corpo só teve arranhões. "Quem sofreu mais foi a mota. À pala disso, deixei de fumar. No dia em que saí do hospital disse que o dinheiro que gastava no tabaco ia ser para arranjar a mota", revela Álvaro Marques. E assim foi.
Ajudar a comunidade
Os Black Dragon, com 28 sócios e centenas de familiares e amigos como membros do clube, completaram este sábado 13 anos. O presidente, Miguel Santos, lamenta a falta de apoio ao clube. "Às vezes gostávamos de fazer uma festinha aqui ou ali, mas ninguém nos apoia", suspira o motard ao mesmo tempo que agradece o espaço que lhes foi cedido na EB1 de Baguim do Monte, na Rua de Tomás Barbosa Leão. É a nova sede do clube e foi inaugurada durante a festa.
Miguel Santos explica que o objetivo dos Black Dragon é quebrar o preconceito que persiste sobre os motards. "Ajudamos sempre que podemos. Já fizemos uma angariação de fundos para oferecer uma cadeira de rodas elétrica, entregamos brinquedos e roupas a instituições e até já fomos comprar comida para dar a quem mais precisa", relatou o presidente do clube.