A Polícia Municipal de Braga removeu, em 2022, um total de 258 viaturas em presunção de abandono, tendo cobrado 27 mil euros pelos respetivos reboques. Os proprietários criticam algumas situações, mas a vereadora Olga Pereira disse ao JN que os custos associados resultam das taxas legais em vigor: 92 euros pela remoção mais 25 por cada dia de parque.
Corpo do artigo
O método usado pelos agentes é contestado por alguns munícipes que entendem que quando estes passam por uma viatura supostamente abandonada, deveriam deixar um aviso dando, por exemplo, cinco dias para que fosse retirado ou comprovado que não estava abandonado"
Um dos visados referiu que há casos em que o proprietário não tem os documentos do carro, mas porque o Estado os reteve e os perdeu. "O espírito de cidadania que é inerente à atividade municipal não imporia esse procedimento ?, questiona-se.
O munícipe assinala, ainda, que a carta que a polícia envia, depois do reboque, "nem sequer diz quais as quantias que terão de ser pagas para resgatar a viatura".
Sobre isso, Olga Pereira diz, apenas, que é um procedimento que decorre da lei.
Os mesmos cidadãos contestam, ainda, que seja preciso ir buscar o carro, alguns dias depois de ter ficado no parque de estacionamento da Bragaparques, a uma empresa de sucatas de Amarante, contratada após concurso público. "A pessoa fica sem carro, porque o custo de o ir buscar a Amarante é elevado e não compensa", observa.