O presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, afirmou, esta quinta-feira, na abertura da primeira Bienal de Saúde do concelho, estar empenhado na “equidade do acesso à saúde” e no “combate à solidão e ao isolamento”.
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Promovido pelo Município, o evento arrancou na tarde desta quinta-feira, no Fórum Cultural de Ermesinde, e prolonga-se até sexta-feira, com oficinas e conferências e debates que contam com a participação de especialistas internacionais, investigadores e médicos.
No discurso de abertura da primeira Bienal de Saúde de Valongo, subordinada ao tema “Saúde para uma economia de bem-estar”, o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro explicou que a escolha da temática resultou da “identificação [do Município] com preocupações e agendas globais”, e lembrou que Valongo foi “o primeiro município da Área Metropolitana do Porto a aderir” à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis. “Esta bienal faz parte da estratégia municipal de saúde de Valongo, iniciada em 2020 e que tem no fortalecimento da literacia em saúde por parte da população um dos seus pilares fundamentais”, referiu, salientando que “há quase 10 anos” que o município “está comprometido com a saúde na sua dimensão de transversalidade, interdisciplinaridade e intermunicipalidade”.
“Estamos empenhados com a promoção de estilos de vida saudáveis, com o combate à solidão e ao isolamento, com a equidade no acesso à saúde, com a capacitação dos mais jovens e dos menos jovens para uma participação informada, com a inspiração de comunidades cuidadoras e solidárias”, vincou o autarca socialista, ressalvando, contudo, que “a implementação de políticas públicas sustentáveis não é compaginável com resultados imediatos” e que “a prevenção na saúde não é tão “vistosa” como a reparação”.
A bienal continua na sexta-feira, com os trabalhos a iniciarem-se às 14 horas e as atividades a arrancarem meia hora depois, com o debate "Cidades saudáveis - construções participadas". O painel de oradores é composto por José Carlos Mota, da Universidade de Aveiro, pelo médico de família Francisco Santos Coelho, Lara Seixo Rodrigues, do projeto Lata 65, Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, e Mirieme Ferreira, da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis.
Seguem-se as oficinas, a partir das 15.45 horas. "A nossa proposta de cidade" decorre no auditório, com dinamização de José Carlos Mota, e "Atlas dos municípios saudáveis" ocupará o espaço internet, com a investigadora Ângela Freitas e o geógrafo Ricardo Almendra, da Universidade de Coimbra. Segue-se o espaço "Voz dos jovens", a partir das 16.45 horas, com apresentações sobre ideias, propostas e projetos de jovens residentes no concelho.