Ficará na antiga fábrica de papel de Valmaior. Espaço, que poderá custar sete milhões, guardará peças e documentos desde 1864
Corpo do artigo
O futuro Museu Nacional da Água e Arquivo Histórico dos Recursos Hídricos, que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara de Albergaria-a-Velha estão a idealizar para as instalações da antiga fábrica de papel de Valmaior, deverá ficar pronto em 2027. O espaço guardará peças e documentos que recuam a 1864.
O futuro museu irá “perpetuar a nossa memória”, explicou Pimenta Machado, vice-presidente da APA, esta sexta-feira, à margem da inauguração da exposição Recursos Hídricos: história, sociedade e saber, que fica patente até 7 de julho na biblioteca de Albergaria-a-Velha, apontando o vasto “arquivo e acervo histórico” da APA e antecessoras, cujo trabalho recua a 1864. Inclui “equipamentos, mobiliário, documentos como títulos emitidos no tempo do rei D. Carlos” que importa “preservar”, exemplificou.
Delfim Bismarck, vice-presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, disse que já estão elencadas as necessidades. Estima-se que sejam precisos “18 meses para estudos e dois anos para execução de obra”, o que remete a finalização dos trabalhos para 2027.
Estima-se que a concretização da ideia ronde os “seis a sete milhões de euros”, disse ainda Delfim Bismarck. Para já há uma verba da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, no valor de “mais de um milhão de euros”, alocada para “dar início a este processo”. O resto da verba terá de ser conseguido através de candidaturas a fundos.
A antiga fábrica de papel de Valmaior, desativada desde 1992, é “um edifício histórico a nível nacional. Foi uma das primeiras fábricas de papel do país de método industrial, com aproveitamento dos recursos hídricos para aproveitamento de energia, e a primeira do país a produzir papel reciclado”, acrescentou o autarca, explicando que atualmente é propriedade do município.
Isabel Damasceno, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a quem a ideia pareceu “muito interessante”, disse a propósito que nunca viu um projeto “com qualidade e maturidade deixar de ter financiamento”.