A ACOS-Associação de Agricultores do Sul tem uma posição definida sobre a presença da delegação do Partido Comunista Português (PCP) na Ovibeja. "Feira é feira, política é política", disse ao JN Rui Garrido, o presidente da entidade organizadora.
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O JN apurou junto de João Dias, o único deputado eleito no Alentejo pelo PCP, que a visita do partido será liderada por Jerónimo de Sousa e vai dar entrada no certame às 15.30 horas do próximo sábado.
Em nota de imprensa, a ACOS anunciou que, "solidária com a Ucrânia, a Comissão Organizadora decidiu disponibilizar 1% da receita total da bilheteira a favor do país, através da Embaixada do país", que está a ser alvo de uma guerra encetada pela Rússia.
"Há muitos anos que convidamos todos os partidos a visitar a feira, só não vem quem não quer. O PCP tem uma posição que nós não compreendemos. Alias é difícil a sociedade civil compreender, mas é um problema que é deles, não é um problema nosso", lembrou o presidente da ACOS, assegurando que Jerónimo de Sousa vai marcar presença na feira e "vai ser bem recebido como todos".
João Dias, o deputado alentejano do PCP, disse ao JN que a presença da delegação do partido e do secretário-geral "é o reconhecimento do papel que o certame tem na vida da região e no desenvolvimento da agricultura", sustentando que é importante "falar com quem está representado na feira, por originar mais negócio e mais investimento no mundo rural".
O deputado comunista justificou que a guerra "tem consequências negativas para o país". Defendemos, não o presidente ou o regime da federação russa, nem a invasão da de um país soberano. A nossa opinião é que esta guerra em nada contribui para melhorar as condições para a nossa economia", rematou
Sobre se espera um clima hostil para a comitiva do PCP, João Dias defendeu que "as pessoas sabem definir as duas águas, a política nacional e a internacional". "Temos a cara limpa e todos conhecem o seu deputado e o partido. O PCP está ao lado dos ucranianos que são explorados no Alentejo", assegurou o deputado comunista.
Apesar do não marcar presença na Assembleia da República, na sessão onde vai discursar o presidente da Ucrânia, a ACOS separa as águas: "Feira é feira, política é política".