Socialistas asseguram que vão apresentar uma "alternativa vencedora". CDU diz que ainda é cedo e sociais-democratas optam pelo silêncio.
Corpo do artigo
É muito cedo para se falar em eleições autárquicas e ainda não é seguro qual será, em 2025, o candidato do movimento independente que atualmente gere a Câmara do Porto. É assim que a oposição encara o anúncio de que o "Porto, o Nosso Movimento" voltará a concorrer à Câmara com lista própria, apesar de o autarca Rui Moreira já não poder candidatar-se. A escolha pode recair sobre o atual vice-presidente do Município e líder do movimento, Filipe Araújo.
"É prematuro qualquer debate sobre essa matéria, mas estamos serenos e muito confiantes nos resultados do nosso trabalho", considera o líder da Concelhia socialista do Porto, Tiago Barbosa Ribeiro, que foi o candidato do partido há dois anos e surge como uma das possíveis apostas para as eleições de 2025.
Sobre a possibilidade de vir a ser, de novo, o cabeça de lista do PS, Tiago Barbosa Ribeiro não se pronuncia. Nem sobre o facto de o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, já contar com o apoio público do líder da Federação do PS/Porto, Eduardo Vítor Rodrigues. Até porque, segundo apurámos, os socialistas só tencionam iniciar o processo autárquico depois da eleição dos órgãos locais do partido, que acontece no primeiro trimestre do próximo ano, e das europeias.
"O PS/Porto tem estado a trabalhar na cidade, nos órgãos autárquicos e fora deles, para a construção de uma alternativa política vencedora", sublinha Tiago Barbosa Ribeiro. Já Eduardo Vítor Rodrigues recusa falar sobre o assunto.
"Ainda estamos a meio do mandato. É cedo para falarmos das próximas eleições. Ainda muita coisa não passou do papel e já estão a falar nas próximas eleições", aponta a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, defendendo que o foco deve estar na criação de melhores condições de vida e na construção de mais equipamentos sociais e espaços públicos.
Já o PSD, que tem um acordo pós-eleitoral com o movimento de Rui Moreira, recusa comentar o facto de os independentes já terem anunciado que irão sozinhos a votos.