A empresa Parque Expo vai traçar uma estratégia com vista à requalificação de toda a orla costeira do concelho de Espinho, à semelhança do que fez para Vila Nova de Gaia. O estudo, que irá custar à Câmara 72 mil euros, deverá estar concluído dentro de cinco meses.
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O contrato com a Parque Expo já foi assinado e embora ainda seja cedo para saber o que poderá mudar na frente marítima de Espinho existem já algumas certezas: a área a ser estudada abrange 41,4 hectares, estendendo-se desde o Rio Largo, a norte do concelho, até à Lagoa de Paramos, a sul. E este último local é um daqueles que, assumidamente, terá de ser um dos espaços a intervencionar.
"Não podemos desperdiçar, como tem sido feito, um espaço tão nobre como aquele", referiu o presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira.
O autarca conta que o Masterplan da Parque Expo dê solução a casos como o da frente marítima de Silvalde, que "não pode continuar a ser apelidada de Fim do Mundo", bem como à zona onde todos os dias "se vê definhar uma arte tão nobre como é a arte xávega", frente ao bairro piscatório.
"Espinho precisa de uma orla costeira adaptada à realidade do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) e que seja capaz de fugir às atrocidades cometidas no passado", explicou Pinto Moreira. "É preciso travar quanto antes a proliferação de construções ad hoc", acrescentou.
"Temos de ser frontais e humildes ao ponto de afirmarmos que as coisas não estão bem", confessou Pinto Moreira. "Não temos pejo nenhum em assumir que precisamos de ajuda", concluiu.
Falta saber que estratégia cai definir a Parque Expo para a zona da praia de Paramos, onde há já dezenas de anos existe um bairro clandestino e que o POOC afirma que terá de ser demolido, obrigando à mudança dos moradores.