<p>A Câmara de Felgueiras convocou, para terça-feira, uma reunião com responsáveis da Saúde e da Educação para avaliar o problema.</p>
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A promessa feita quarta-feira foi cumprida esta manhã, em Felgueiras. Cerca de 200 pais e encarregados de educação impediram os filhos de entrar na Escola Básica de Moutelas, situada no centro da cidade.
A manifestação, pacífica, serviu para alertar as autoridades para para ps problemas de saúde recorrentes entre os alunos daquela Escola: pneumonia, diarreia e febres, estão entre as doenças que mais afectam quem frequenta a Básica de Moutelas.
Ao que o JN apurou, actualmente, há 10 alunos doentes, num universo de 370. As alegadas más condições do ar da escola, com elevados níveis de dióxido de carbono, estará, também, na origem das enfermidades que afectam quatro portugueses.
A greve dos alunos às aulas, por indicação dos pais, prolonga-se até ao início das férias da Páscoa. O regresso às aulas, agendado para 15 de Abril, após a época pascoal, ficará comprometido caso não sejam feitas as obras que os pais consideram necessárias.
A Escola Básica de Moutelas foi remodelada há três anos. Nos trabalhos, segundo a Associação de Pais, foram colocados pavimentos com linóleo, que produzem um cheiro intenso e que os alunos e professores têm dificuldade em suportar.
Após um abaixo-assinado com mais de 300 assinaturas, os pais conseguiram que a câmara mandasse realizar análises no Instituto Ricardo Jorge. Os resultados, segundo a Associação, apontaram para níveis elevados de dióxido de carbono que pode ser nocivo para os seres humanos.
As análises foram repetidas, mas os resultados não são ainda conhecidos, o que deixa os pais preocupados. A Câmara, que está a par do problema há já algum tempo, agendou para terça-feira uma reunião com todos os interessados: autarquia, Associação de Pais, Agrupamento Escolar, Coordenadora da Escola, Direcção regional de Educação do Norte e Delegado de Saúde.
Segundo fonte da Autarquia, a “problemática da qualidade do ar ainda suscita dúvidas”. Não é certo que o problema decorra do pavimento, dado haver quem considere que se trata mais de uma questão de falta de higiene e de ventilação dos espaços.
* Com Augusto Correia