São 16 os edifícios que a Câmara de Guimarães quer proteger com um seguro multirriscos que avança este mês. A avaliação é de 40 milhões em obras da Capital Europeia da Cultura, mas não só.
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A proposta deve ser aprovada pelos vereadores que compõem a maioria socialista na reunião de Câmara desta quinta-feira. Já diz o povo que "o seguro morreu de velho" e a Autarquia não quer arriscar o investimento que fez em edifícios nos últimos anos.
Do leque de empreitadas que constam da proposta estão o Laboratório da Paisagem de Creixomil, a Casa dos Artistas, a Casa da Memória, a extensão do Museu Alberto Sampaio, o Instituto de Design, o Centro Ciência Viva, o Centro Avançado de Formação pós-graduada e a Plataforma das Artes. Dessas obras, todas feitas durante a Capital da Cultura, destaca-se a última com uma cobertura avaliada em mais de 14 milhões de euros, divididos pelo edifício (11 milhões), equipamentos (2,5 milhões) e mobiliário (650 mil euros).
No conjunto a segurar estão ainda equipamentos desportivos e de serviços feitos nos últimos dez anos, como o Cybercentro, a Fraterna, Pousada da Juventude, piscinas de Moreira de Cónegos, pavilhões de Fermentões e do Inatel e o espaço Saúde Jovem na antiga estação dos caminhos de ferro. Resta o Teatro Jordão, adquirido recentemente pela Câmara.
Alguns dos imóveis já estavam cobertos por um seguro cujo prazo termina na sexta-feira. Daí que surja a oportunidade de integrar os que ainda não o tinham e evitar prejuízos em situações de "incêndio, circunstâncias adversas inerentes a fenómenos climatéricos, furto ou roubo, riscos elétricos, danos à propriedade, atos de vandalismo, entre outros", refere a proposta.
Segundo o documento, o valor a segurar dos edifícios foi calculado "com base no valor de cada empreitada e no custo de aquisição dos imóveis que não sofreram quaisquer obras". Já o capital referente aos conteúdos, como mobiliário e equipamentos, foi apurado "em função do cadastro informático do imobilizado".
Depois de aprovada a proposta, a Câmara adjudicará, por ajuste direto, o seguro. Refira-se que o seguro não é obrigatório, mas a Inspeção- Geral das Finanças recomenda, considerando-o "prudente para a salvaguarda do património municipal".