O PCP alerta que é preciso tomar medidas urgentes para melhorar as condições dos trabalhadores da STCP. A Direção Regional do Porto, que se reuniu nesta sexta-feira com o STRUN, adianta que a empresa e os municípios são responsáveis pela degradação das condições de trabalho.
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A Direção da Organização Regional do Porto (DROP) do PCP e o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN) reuniram-se para avaliar a situação dos trabalhadores da STCP.
"As opções da administração da empresa e das câmaras municipais, ao longo dos anos, têm conduzido à degradação das condições de trabalho e do poder de compra dos trabalhadores", adianta o PCP.
Para os comunistas, é urgente que se reveja a situação dos trabalhadores, a quem se deve a qualidade e a fiabilidade do serviço prestado pela empresa. "Pelo facto de não haver atualizações salariais que compensem o aumento do custo de vida, os trabalhadores da STCP empobrecem trabalhando", salienta o PCP, em comunicado.
Falta de motoristas
O partido acrescenta que, nos últimos dois anos, "os dois primeiros escalões da tabela remuneratória foram já ultrapassados pelo salário mínimo nacional, sendo que um motorista que entra para a STCP aufere 840 euros".
Além disto, o PCP alerta para as dificuldades de recrutamento e fixação de trabalhadores com que a empresa se tem deparado. "Há escalas diárias com défice de 80 a 100 motoristas, levando à supressão de serviços e fazendo com que carreiras com frequência de 15 minutos só tenham autocarros em intervalos de 30 ou 40 minutos", refere o partido.