A situação em Aljezur, no Algarve, mantém-se instável devido ao incêndio que deflagrou no sábado no concelho vizinho de Odemira (Beja), havendo registo de pelo menos uma habitação ardida, disse à Lusa o presidente do município algarvio.
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"Há uma habitação que ardeu, mas neste momento não disponho de mais dados", disse à Lusa José Gonçalves, acrescentando que arderam também pequenos anexos e outros edificados naquele concelho do distrito de Faro.
Segundo o autarca, a situação mais preocupante é na zona entre as freguesias do Rogil e Odeceixe, onde, desde hoje de manhã, a intensidade das chamas tem vindo a melhorar ou a agravar-se consoante a direção do vento, tendo havido vários reacendimentos.
"A dimensão [do fogo] é grande, mas não tem estado vento nas últimas horas, o que também tem ajudado", afirmou, avisando que o fogo ainda não está dominado e que ainda há muito trabalho pela frente para tentar controlar as chamas.
Na noite de segunda-feira, o fogo obrigou à retirada de 17 pessoas das suas habitações, que ficaram alojadas nas zonas de apoio à população, mas hoje já puderam todas regressar a casa, indicou José Gonçalves.
"Nesta última hora em que os meios aéreos ainda podem operar vamos tentar tudo por tudo para que a situação fique controlada, e para manter o controlo durante a noite, é esta a nossa perspetiva", sublinhou.
O incêndio, que deflagrou no sábado em São Teotónio, no concelho de Odemira, distrito de Beja, era ao início da tarde de hoje o mais preocupante do país, com uma área ardida estimada de cerca de 7000 hectares.
Mais de mil operacionais estão hoje a combater as chamas, sendo apoiados por 341 veículos e 12 meios aéreos, segundo a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), consultada pela agência Lusa às 19 horas.