Um utente do Centro Hospitalar Gaia/Espinho perdeu uma consulta urgente porque o telegrama com a respetiva marcação só lhe chegou às mãos depois da data marcada para estar presente na referida unidade.
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O telegrama demorou dois dias a chegar, devido a um engano do carteiro. Os CTT reconhecem o erro e lamentam o sucedido.
O Centro Hospitalar endereçou um telegrama pelos CTT no passado dia 11, às 10.36 horas, solicitando que António Mendes, residente em Silvalde, Espinho, comparecesse no Santos Silva no dia 13, pelas 8.30 horas. Tratava-se de uma consulta de endocrinologia, urgente, ansiada pelo utente de 78 anos para despistagem de doença cujo diagnóstico era ainda incerto.
"Só recebi o telegrama às 17.24 horas do dia 13. Quando o fui ler nem queria acreditar que a consulta estava marcada para a manhã desse dia", explicou, revoltado, António Mendes.
"Era uma consulta urgente a que não devia ter faltado. E se fosse a marcação de uma operação? Como é que depois ia fazer, quando é que voltava a ser operado?", questiona António Mendes, que apresentou reclamação nos Correios e deu conhecimento do sucedido à ANACOM.
Empresa lamenta
Ao JN, os CTT justificam o atraso com um extravio. A carta, dizem, terá sido entregue dentro do prazo, mas numa morada errada.
Já no dia 13, "o morador que recebeu o telegrama, entregou-o ao carteiro, que providenciou que o mesmo fosse enviado para a morada correta - o que aconteceu por volta das 17.24 desse dia", esclareceram os CTT.
A mesma entidade, que "lamenta os inconvenientes que esta situação causou ao paciente", informa que, "de acordo com os dados mais recentes, os CTT têm menos de quatro extravios em cada 10 mil entregas".