Manuel Rey Cordeiro, o piloto de 62 anos conhecido como “Coco" que morreu no domingo, durante o festival aéreo Beja Air Show, foi autopsiado esta terça-feira no Gabinete Médico-Legal de Beja (GMLB).
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Não são ainda conhecidos os resultados da autópsia que possam conduzir às causas da morte do piloto espanhol, natural de Oroso, Galiza. Manuel Cordeiro caiu da Warbird Yak52s na sequência da colisão de duas aeronaves da patrulha acrobática luso-espanhola Yakstars, por volta das 16 horas de domingo, nos céus da Base Aérea 11 (BA11), em Beja.
Segundo apurou o JN, ainda não há data marcada para a entrega do corpo à família, para que sejam realizadas as exéquias fúnebres na sua terra natal.
Durante o festival aéreo, "Coco" terá comunicado uma falha de motor da sua aeronave e, quando tentava subir para ganhar altitude, embateu com a cauda na hélice de outro avião da mesma patrulha.
O Warbird Yak52s tripulado pelo piloto da Vueling acabou por se despenhar e explodir, tendo antes Manuel Cordeiro saltado da aeronave, não conseguido abrir o paraquedas e acabando por cair em cima da vedação de arame farpado da unidade militar.
O outro piloto envolvido no acidente foi o português Tiago Correia, de 37 anos, residente em Odivelas, que conseguiu fazer aterrar o avião no taxiway de ligação entre a placa de estacionamento do Terminal Civil e as pistas da BA11. Quando entrou numa zona de mato, a roda esquerda do trem de aterragem partiu-se, o avião afocinhou e ficou virado de “barriga para cima”, tendo o piloto saído pelos seus meios e sofrido ferimentos ligeiros.
Investigação civil e militar no terreno
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) chegou no domingo à BA11 e o primeiro objetivo foi fazer uma inspeção ao avião onde morreu Manuel Cordeiro. Em articulação com a Força Aérea, inspetores do GPIAAF inspecionaram na segunda-feira o avião que caiu dentro da BA11 e os restos da aeronave em que o piloto espanhol perdeu a vida.