Funcionária recusa trabalhar em agrupamento a 15 quilómetros do estabelecimento onde trabalha há 13 anos.
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Uma assistente operacional que trabalhou durante 13 anos no Agrupamento de Escolas de Arouca está desde 1 de setembro numa ação de protesto contra a transferência para outro agrupamento, a 15 quilómetros de distância.
Judite Gonçalves, de 59 anos, passa os dias e horas de trabalho em frente à Escola Secundária de Arouca, cumprindo o normal horário de trabalho, depois de se ter recusado integrar os quadros do Agrupamento de Escolas de Escariz. "Estão a brincar comigo. Isto é uma maldade que não se faz a ninguém", protesta a assistente operacional.
Explica que, apesar de pertencer originalmente ao quadro de pessoal de Escariz, esteve 13 anos no Agrupamento de Arouca, "pensando que estava tudo encaminhado para aqui permanecer".
Contudo, no fim do passado ano letivo recebeu a missiva do Ministério da Educação, dando conta da obrigatoriedade de voltar a Escariz. "Não queria acreditar. Nunca pensei que ao fim de 13 anos voltasse para Escariz", relatou.
uma Luta por todos
Em contactos efetuados com as entidades responsáveis, foi informada de que haveria um défice de quatro funcionários no Agrupamento de Escariz e um funcionário excedente em Arouca. "Mas não é verdade. Três dias depois de me enviarem o ofício abriram um concurso para colocarem mais funcionários em Arouca", explicou.
Judite Gonçalves garante que se vai manter em frente à escola até que a situação seja resolvida. "Não tenho receio de processos. Estou aqui por mim, mas também por outros colegas que possam passar pelo mesmo tipo de injustiça", justificou.
O JN tentou, sem sucesso, obter uma reação da Direção do Agrupamento de Escolas de Arouca.